A Guerra Franco-Prussiana foi uma das guerras em que a Prússia se envolveu na busca pela sua unificação.
Na metade do século XIX, a Prússia iniciou uma série de lutas contra os alguns países europeus.
Queriam os prussianos se livrar do domínio estrangeiro e também anexar regiões vizinhas habitadas por povos germânicos.
O processo de unificação foi iniciado pelo Primeiro Ministro da Prússia, Otto Von Bismarck. O Chanceler de Ferro, como ficou conhecido Bismarck, procurou unir as confederações germânicas sob a liderança da Prússia
Bismarck organizou militarme a Prússia, criando um poderoso éxercito para combater as nações contrárias a unificação dos estados germânicos.
Dinamarca e Áustria foram os primeiros países a serem vencidos pelas tropas de Bismarck. Os austríacos e dinamarqueses tiveram que reconhecer a soberania prussiana sobre os estados germânicos.
A França, governada por Napoleão III, não gostou nem um pouco de ter como vizinha a Prússia unificada, uma nação que estava se fortalecendo economicamente e militarmente.
Mesmo depois de sair vitorioso na Guerra dos Ducados e na Guerra Austro-Prussiana, Otto Von Bismarck pretendia conquistar mais território para a Prússia.
O Chanceler Prussiano estava ciente que a França queria botar um ponto final na sua politica expansionista. Consciente disto, Bismarck procurou fortalecer ainda mais o éxercito prussiano para uma futura batalha contra os franceses.
O clima de tensão entre os dois países certamente geraria uma guerra entre franceses e alemães. Faltava apenas um motivo para o barril de pólvora estourar.
Em 1870 Bismarck conseguiu uma forma de provocar os franceses afim de que eles declarasse guerra a Prússia.
A França exigia que o Rei Guilherme I da Prússia proibisse os príncipes germânicos da Família Hohenzollen de se candidatar ao trono espanhol que havia ficado sem herdeiros.
O trono espanhol foi oferecido aos príncipes de Hohenzollen por eles terem parentesco com o rei espanhol falecido. um rei germânico na Espanha significava para os franceses o enfraquecendo da soberania francesa na Europa
O Imperador da França, Napoleão III, enviou o embaixador Benedetti para uma conversa com Guilherme I da Prússia. A conversa entre os dois foi telegrafada por um membro do Governo Prussiano com o objetivo de informar Bismarck.
Ao ler a carta, Bismarck ordenou que copias fossem impressas e entreguem aos dirigentes franceses. O que eles não sabiam é que as copias da carta entregues a eles era uma armação do Chanceler Alemão.
A carta adulterada de Bismarck, fez com que as palavras de Guilherme parecesse uma afronta ao Império Francês. Napoleão III caiu na armadilha de Bismarck e declarou guerra a Prússia em 19 de Julho de 1870.
A França estava confiante que venceria a Prússia na guerra. Napoleão III acreditava que o éxercito francês ainda era o mesmo dos tempos das Guerras Napoleônicas de seu tio Napoleão I.
Ao contrário do que se imaginava, era o éxercito prussiano que não era mais o mesmo de antes. As tropas germânicas comandadas pelo general alemão Helmuth Von Moltke derrotaram as tropas francesas comandadas pelos generais franceses Bazaine e Macmahon.
O fracasso dos generais franceses na guerra, fez com que Napoleão III comandasse pessoalmente seu exercito contra as forças prussianas.
Em Setembro de 1870, Napoleão Terceiro sucumbiria juntamente com o éxercito francês, após ser derrotado na Batalha de Sedan.
A derrota na Batalha trouxe consequências drásticas para a França. Os alemães aprisionaram cerca de 100 mil soldados franceses, ficando com o caminho livre para ocupar a capital Paris.
No dia 17 de Outubro, o general francês, Bazaine, iniciou uma desesperada resistência afim de impedeir a tomada da capital francesa pelos prussianos. Este foi o ultimo suspiro do exército francês que foi definitivamente vencido.
Derrotados na Guerra Franco-Prussiana, os franceses tiveram que assinar o Tratado de Frankfurt. Pelo referido tratado a França teve que entregar as regiões de Alsácia e Lorena para os germânicos, além de pagar uma pesada indenização de guerra.
Os mais humilhante para os franceses foi ver Guilherme I ser corado Imperador Alemão em pleno território francês, mas precisamente no Palácio de Versalhes.
A coroação de Guilherme I aconteceu no dia 18 de Janeiro de 1871. Esta data marca o nascimeto do Segundo Reich, O Segundo Imperio Alemão.
Referência: Bennefon, Charles. História da Alemanha. São Paulo. Ed. Nacional, s.d.